No roçar das horas
- Claude Bloc -
Eis que o tempo gira
E o dia termina
no redemoinho das horas.
Eis que o sol acerta os eixos
e os ponteiros se torcem
no final da tarde.
Eis que o sol adormece
enquanto o tempo se entorta
enquanto se fecham as portas.
Eis que a noite se achega
quando o vento se acalma
quando o sereno se enrosca
no roçar das horas,
confundindo-me,
fundindo-me
com o passar
do dia...
E na última hora,
em plena agonia
a luz esmorece
deitada nos seixos,
deitada na rua,
deitada na serra
no grito avermelhado do horizonte.
Claude Bloc
3 comentários:
Humm, este poema me levou a uma rede, ao som de uma Ave Maria no dobrar de esquina da magestade poente! Bem fiel ao entardecer!
Abraços
Pachelly,
A poesia está em você, assim como a sensibilidade artística que mostra em suas fotos.
Melhor dizendo: suas fotos são pura poesia... e sua poesia (re)produz cenas, cenários, cores, sons de uma forma tão intensa que parece que estamos vendo o resultado de tudo isso enquanto você tece as palavras...
Abraço,
Claude
Eita, vou terminar achando que tenho queda pra poesia! Eh eh
Abração e obrigado pelo incentivo literário!
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