domingo, 14 de outubro de 2007

DIOMEDES e os pioneiros da fotografia cratense!

Em conversa com Nezim Patrício, atual Presidente do ICC (Instituto Cultural do cariri), percebemos quão difícil é a FOTOLOGIA da cidade fundada por Frei Carlos Maria de Ferrara. Muitos foram os fotógrafos que registraram o Crato de “ÉPOCA”. Têm-se os registros, mas, em poucas ocasiões, sabemos a quem atribuir os créditos. Pelas lentes destes pioneiros é que podemos ainda, contemplar o “Crato Antigo”.
As Ruas com casas simples e casarões coloniais. O seminário com uma mata densa em seu entorno. A igreja Matriz com as missões, a estação de trem em sua inauguração. Carros antigos, como o de Pedro Maia, que assinou a sua história como fotógrafo a ser lembrado, retratando o (Capitão Virgulino Ferreira) Vulgo “Lampião”. Transeuntes anônimos pela, Dr. João Pessoa, Miguel Lima verde, Bárbara de Alencar, dentre outras...

E dentre outros, citaremos com igual importância, a Família Saraiva, Targino, Borromeu, Zé Baixim, muitos e muitos, por aí vai...
Aqui em especial, o meu amigo Diomedes Pinheiro, a quem em nome de todos os fotógrafos cratenses, presto esta homenagem.
Conversei com esta pessoa simpática, cordial, de origem paraibana, que chegou aqui por volta de 1942.
Diomedes, trabalhou inicialmente como assistente do Estúdio Targino. Depois, abriu o seu próprio ramo na rua: Jose Carvalho, antiga ruas das Laranjeiras. Daí então, passou a ser um conceituado fotógrafo desta cidade.
Contou que na época, os registros fotográficos eram voltados para os eventos sociais e cenas corriqueiras da cidade.
Uma explosão, um clarão provocado por um curto circuito no flash, e lá estava um registro familiar, um registro de primeira comunhão, onde num jogo de ilusão de ótica, uma criança poderia aparecer como que recebendo a hóstia pelas mãos de Jesus.
Tradicional também eram os registros de pessoas falecidas, ainda em suas urnas funerárias ou, simplesmente um 3 x 4, que sobrevive aos tempos!
Com tudo isso, não pode deixar de citar as dificuldades de aquisição dos produtos como os sais de prata, filmes, etc., que alimentavam as suas tradicionais AGFAS com lentes Call Zaiss, de fabricação Alemã.
Para se ter idéia, obter estes produtos em plena 2ª guerra mundial custavam-lhes viajarem aos portos marítimos de Natal ou de João Pessoa, pois é!!!
Bom, para finalizar esta matéria que daria resmas e mais resmas de estórias... Nas palavras do nosso homenageado, o que mais o impressiona, foi à rapidez com que evoluiu o processo fotográfico sob todos os aspectos, "disse", ao ser fotografado e ver o resultado na hora do seu sorriso no visor de LCD!

2 comentários:

Carlos Rafael Dias disse...

Pachelly, além de excelente fotógrafo, sem falar do compositor que é, você tem se revelado também um historiador de mão-cheia.
Muito bom este Zoomcariri...

Pachelly Jamacaru disse...

Ôi Rafa,

Estamos sentindo a sua falta por aqui, bem que, só em você está nos acompanhando, já é a presença em si!
Obrigado pelas palavras tão gentis! Com o portuguesinho que tenho, nem sei como ouso escrever, rs rs rs! Mas, bebo na sua fonte de pessoas de bagagens como você e tanta gente boa que esse Crato tem!
Abraço e nos acompanhe sempre!