segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ser Sertão - Dedé Cariri





18 comentários:

Pachelly Jamacaru disse...

Déde, Fotos ótimas, mas essa do garoto tem um Preto e branco bem dosado e traz no sorriso do garoto a magia do retrato recíproco, a sintonia entre o fotógrafo e o fotografado! Linda!

Percebo um brilho nas arestas de luz nas demais, que embora não tire o brilho delas, torna-se um pouco repetitivo!

Mas o seu olhar sempre foi muito bom! Continue nos trazendo suas belas fotos, o Zoomcariri fica mais rico com elas!

Abração

Dedé Cariri disse...

Esse brilho tinha em toda casinha, por ser de taipa e inacabada. A luz tocava nos utensílios super limpos (comum em casas do sertão), como se fosse num prisma refletindo um brilho intenso, me chamou atenção e foi divertido. Veja a luz tocando nos copos de alumínio, reflete uma luz azul.Obrigado amigo Pachelly.

samuk disse...

Gostei muito Dedé dessa simplicidade cheia de luz! ...E esse cheiro de Barro.Um abração!! SAMUK.

Dihelson Mendonça disse...

Ótimas fotos. Revela técnica de quem sabe usar a luz em seu favor. Ótimo tratamento também, Dedé.

Dihelson Mendonça

Dedé Cariri disse...

Uma boa leitura da imagem (ou ambiente), fazer a fotometria manualmente(jamais no automático, ele faz uma leitura completamente errada).Muitas vezes nem é preciso fazer "tratamento", exagero no tratamento pode nos mostrar até cores que nem existem.Acho que é isso aí.

Dedé Cariri disse...

Certa vez perguntei a José Albano (respeitado fotografo Cearense). Qual a melhor câmera??
Ele respondeu: - A que você tem!!
Vi trabalhos maravilhosos registrados com um celular. É preciso entender que é divertido fotografar.

Pachelly Jamacaru disse...

A Câmara que se tem, evidentemente isso nos consola enquanto não podemos ter a que se sonha!

A pergunta é: O Zé só tem uma? Ainda é a mesma de quando começou? Não pensa ter a de seus sonhos?

Claro que o que ele quis dizer foi: Não deixe de ir a Roma só porque não tem uma Ferrari! Pegue carona, contanto que chegue lá!!! Em que estado chegue é outro departamento!

Ou... O importante é que você não deixe realizar a sua idéia, por quais meios e métodos sejam! Até aí concordo!

E isso, temos feito Dedé, vamos nessa, fazendo com o que temos e como podemos, porque como bem disse: "É divertido fotografar"

Grande abraço
Pachelly

Dedé Cariri disse...

Abraço amigo, obrigado pelas suas sinceras palavras. Meu sonhho é ter uma senhora câmera como a sua.Realmente o que ele quiz dizer foi isso, digo a alguns amigos: Não deixem de fotografar por possuir uma compacta.

Dedé Cariri disse...

... que o diga Cartier-Bresson, apesar de ser uma Leica.Era uma câmera simples, sem sofisticação, nem SLR era, a diferença estava no olho dele, pegava as coisas antes de acontecer, sempre pronto na hora certa.Depois quero falar com você sobre outro book.

Dihelson Mendonça disse...

Que não se enganem os neófitos,

As câmeras de Filme do passado são muitas vezes, infinitamente superiores às câmeras digitais de hoje, em vários aspectos.

basta dizer que uma LEICA, custa a preço de hoje uns 8000 a 12.000 DÓLARES ( Até 24.000 reais ), e isso tem um sentido.

Na verdade, as câmeras digitais ainda não conseguiram chegar na faixa dinâmica de luminosidade entre Claro e Escuro de uma câmera de filme, apesar das várias tecnologias que estão empregando nos últimos modelos.

Na minha 5D Mark II, que é Top da CANON, por exemplo, existe um recurso que "tenta" extrair mais faixa dinâmica, clareando partes escuras da cena e escurecendo partes claras demais, mas nada se aproxima do olho humano, e nem das câmeras de filme nesse ponto. E só isso já causa um ENORME impacto nas fotos que é preciso corrigir no photoshop em alguns casos.

Além do mais, a câmera de filme apresentava imagens por si só artísticas do mundo real. Na sua "imperfeição" aparente, elas acabavam dando um toque de arte, de desfoque, de ruído, que conferia às fotos, algo de artístico por natureza, enquanto a mesma foto, se feita com uma câmera compacta de hoje, não causa qualquer espanto, vira foto de orkut, tolas e sem graça, sem qualquer processsamento. As imagens das analógicas já saem assim, processadas. Nunca refletem a realidade, até porque quanto mais fiel à realidade, muitas vezes a foto cai na banalidade das cores esmaecidas.

Portanto, que não se enganem os fotógrafos iniciantes. Os maiores fotógrafos do mundo ainda fotografam em filme. E isso não é por acaso! Nem por falta de dinheiro, certamente. É porque não inventaram ainda nenhuma câmera digital que dê pelo menos a qualidade artística das analógicas de filme.

Elliot Erwitt, Walker Evans, Bresson, Sebastião Salgado que o digam melhor do que eu, pois todos usaram e usam analógicas. Mesmo no cinema, só se filam em película, nunca em câmeras digitais.

Abraços,

Dihelson Mendonça

Dihelson Mendonça disse...

Esclarecendo de antemão que os NEÓFITOS, são os fotógrafos iniciantes que porventura acompanham a nossa discussão aqui e estão em dúvida sobre qual equipamento adquirir.

Abraços,

DM

Dedé Cariri disse...

A Panasonic tem uma linha muito boa de câmeras compactas, linha LUMIX, elas vêm com a lente Leica.

Dihelson Mendonça disse...

Infelizmente, meu caro Dedé, o problema não é de lente, e sim no SENSOR das digitais. Por melhor que sejam os sensores, jamais serão iguais a um filme, feito de grãos, que salva bilhões de cores de intensidade variável.

Quanto às lentes, vamos ressaltar aqui que as melhores lentes podem ser usadas tanto pelas analógicas quanto pelas digitais. Nessa parte, felizmente não houve mudanças.

Mas os cientistas ainda estão desenvolvendo sensores. Está em teste aí um sensor de BILHÕESde pixels, em laboratório, pra ver se resolve esse problema.

Pois é,... e as analógicas tão pequenas, leves, de filme, conseguem transformar cenas quase banais em aparentes obras-primas. Coisas que numa compacta digital não causariam o menor impacto.

DM

Pachelly Jamacaru disse...

Discutir sobre equipamentos, os recursos destes e as suas realidades, seria um caso de debate prolongados, por certo!

Só ressaltando aqui o seguinte: Manter o padrão analógico hoje, não é para qualquer um não, tudo tornou-se um verdadeiro processo que ao contrário do que se esperava, é para quem pode manter essa estrutura onerosa!

Aproveito só para lembrar que o Kodakhome, acaba de fechar suas portas, ou seja, não será mais fabricado!

E a pergunta é: Quando se extinguirem os dinosssauros da fotografia, essa geração nova vai querer mesmo disposto a ficar opernado no modo analógico, se produtos e outras coisas mais estão deixando de exisitir?

Pj.

Pachelly Jamacaru disse...

E aí faz sentido o que Zé Albano diz, mesmo em outro deslocamento do tempo: Faça com o que tem, só não deixe de fazer! Seja no passado, no presente ou no futuro!

E Dedé acrescentou: É divertido!

E eu acrescento: somos movido pela paixão por essa "Droga-boa"!

PJ.

Dedé Cariri disse...

Não se iluda Dihelson, o processo digital é um caminho sem volta, o mercado exige e estamos num mundo globalizado, o "cara" está fazendo a cobertura de uma guerra, rapidamente manda envia para edição, em segundos está no site,em tempo real.Hoje se fotografa um casamento, por exemplo, tem uma equipe fotografando e lá fora tem um cara numa Van, editando, imprimindo e fazendo a arte final, o cara recebe o seu álbum de casamento no dia do seu casamento, é por aí.

Confesso que sinto saudades daqueles filmes positivos: Velvia , Reala e outros, acho que ambos da Fuji, desafio qualquer digital chegar a perfeição dessas películas. Se o cromo é tudo isso, pensa antes desse booom digital, os caras tinham criado um filme a base de tungstênio??Nesse momento deve ter um “japinha” corrigindo essas diferenças (analógica digital), espera só!!

Pachelly, é justamente isso que Zé quiz dizer

Dedé Cariri disse...

Vou além Pachelly, a fotografia tem o poder de parar o tempo.

Dihelson Mendonça disse...

Não discuto se a fotografia digital é um caminho sem volta. Mas sempre haverá filmes analógicos. A LEICA no ano passado investiu em mais uma super cãmera analógica, apostando no mercado, e quantos de nós não teria prazer em pegar numa dessas que o Salgado usa...

E no cinema ?

Aí é que não tem jeito: Cinema é Película. Até agora não inventaram nada para substituir isso. Fizeram umas tentativas com digitais, que dão inclusive mais resolução, mas existe um "charme" no filme, na película, que o digital não dá, é a mesma coisa da fotografia.

No cinema o processo é o seguinte:

Filma-se em película, depois digitaliza-se a imagem uma super alta resolução, faz-se o tratamento digital, os efeitos especiais ( como em AVATAR, por eemplo ), e ao final, transfere-se para a película novamente, a fim de se fazerem cópias para os cinemas.

A fotografia digital é extremamente prática, é claro, não precisa de revelação analógica ( mas precisa de uma "revelação digital, através do Photoshop ou Lightroom para se obter bons resultados ), mas algo que possa se parecer com a velha câmera analógica em vários aspectos ainda está para surgir. Mas vai surgir, pois a tecnologia não pára. Os Gigapixels estão aí para isso.

Abraços,

Dihelson Mendonça