domingo, 4 de julho de 2010

Caixa Mágica
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- Claude Bloc -
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Ganhei uma caixa mágica
para guardar o que não cabe
pra guardar a minha sombra
em dias de muito sol
Pra guardar o arco-íris
e o amarelo que falta
e o amarelo que sobra
no olho do girassol...
Pra guardar algum suspiro
suspiro de beija-flor,
e as lágrimas invisíveis
de alegria e saudade.

Ganhei uma caixa mágica,
pra guardar tuas palavras,
e todo meu sentimento
em sonhos enovelado.

Só depois quero guardar
a caixa da minha vida
com tudo o que leva dentro
para poder te encontrar
a cada gota de tempo.


Claude Bloc

5 comentários:

Pachelly Jamacaru disse...

Sem dúvida, um dos mais belos poemas que você já escreveu, e olha que para superar os outros, este tinha que ser demais!

As belas fotos, parece recita-lo!

Abração

Dihelson Mendonça disse...

Conforme disse lá no "Olhares do Cariri", faço minhas as palavras do Pachelly. O poema segue "pari passu" com as lindas fotos, tecnicamente perfeitas.

Dihelson Mendonça

Claude Bloc disse...

Eita, meninos...

Quando as palavras vêm de dois mestres da fotografia o que uma pobre aprendiz pode dizer?

Obrigada, obrigada, obrigada e um abraço.

Claude

Dihelson Mendonça disse...

Claude, por favor, tira essa palavra "mestre" ao se referir de nós, pobres diabos.

"Mestre", a gente só deve usar para Cartier-Bresson, Elliott Erwitt, Salgado, etc... esses são mestres!

Mesmo assim, obrigado pela gentileza.

Dihelson Mendonça

Claude Bloc disse...

Ora, ora, Dihelson

Mestres são aqueles de quem bebo da fonte...

Esses que você citou são ícones, paradigmas ... coisas assim que para mim ainda são inatingíveis.

Abraço,

Claude