terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Vitrine Virtual - Dihelson Mendonça


Chove!
Sobre os telhados dos sobrados esquecidos.
Silenciando ao longe o horizonte
ao ermo da tarde outonal, radiante
e à sombra dos lampioes enegrecidos.

paira-me nos olhos um olhar estranho
qual o refletir de infinitos sóis
ouço em tons frementes de mil bemóis
intensos e tristes, de um amargor insano!

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7 comentários:

Dihelson Mendonça disse...

Morei muitos anos longe do Crato, e sei bem o que é ser cratense e sentir a saudade da nossa terra. Quando realizo esse tipo de foto, não há nenhuma pretensão de que sejam artísticas, deformadas pelo olhar do fotógrafo, etc. São realistas. Mostram o que de fato se vê, quando se olha para uma determinada direção. Esse tipo de foto meramente documental é usada no Blog do Crato para divertir os Cratenses que moram fora. A beleza está no próprio objeto fotografado, e não na maneira de fotografar ou no estilo. Seria uma fotografia realista.

Abraços,

Dihelson Mendonça

wilson bernardo disse...

Dihelson todas as fotos estão bem trabalhadas principalmente no sentido da sencibilidade do poeta em que tu és,grande amigo,e em se tratando de fotografia URBANA ESTÁ SE TORNANDO UM ESPECIALISTA,E NA SIMPLIS VISÃO POÉTICA,ESTA DA IGREJA DE SÃO fRANCISCO É UMA DAS MAIS BELAS QUE JÁ VI E QUE TU FISESTE,PRICIPALMENTE QUE AO FUNDO SE VER A CHAPADA ENCOBERTA PELA NEVOA...parabéns grande Mago.

Dihelson Mendonça disse...

Obrigado, Wilsão,

Enfim, parece que estamos descobrindo nossas vocações em fotografia. Você, como um fotógrafo mais experiente, que vem da fotografia analógica, tem um olhar muito próprio e dá um show em macros.

Eu gosto muito de fotografar pessoas ( retratos ), lugares abertos ( Fotos Panorâmicas ), Fotojornalismo.

Não sou afeito a fotogrfar macros, nem me dou bem com fotos de flores, nem coisas da natureza que envolvem folhagens. Gosto do caos urbano, do concreto, tenho muitas idéias que só poderiam ser feitas com umas lentes especiais, mas um dia chegaremos lá.

Obrigado por ter gostado da foto da Igreja São Francisco. Foi uma foto difícil. O fotógrafo de rua tem como inimigo, os fios elétricos e de telefone. Tive que procurar por meia hora uma vereda que livrasse os fios elétricos da paisagem, sem perder a névoa da serra que já se desfazia.

Abraços,

Dihelson Mendonça

Pachelly Jamacaru disse...

Todas muito bonitas, adornadas com um poema, então! Eu escolhi a do motoqueiro, fechei com ela!

Abração Grande Maestro e fotógrafo!

Joilson Kariri Rodrigues disse...

Cara, não preciso repetir aqui o quanto eu admiro o seu trabalho fotográfico... O registro urbano, o lixo do luxo ou o inverso, os tipos comuns, ruas comuns, tudo vira interessante de se ver. VC com a câmera em punho se assemelha ao Machado ou ao Eça com a pena, sem exagero. Capturar beleza do que já é lindo por natureza é fácil; uma flor, um pássaro, um inseto, um animal, um arbusto (sem querer desmerecer esses registros que também costumo fazer e acho lindos), mas tornar interessante uma imagem de prédios, ruas, tipos comuns é fazer brotar uma flor no asfalto. Parabéns, vc sabe fazer isso muito bem. Aliás, esse blog ta repleto de verdadeiros artistas do click. Todos muito bons. Abraços

Dihelson Mendonça disse...

Joilson,

Esse seguramente é um dos maiores elogios que se pode fazer a um fotógrafo. Pena que eu não seja digno de merecê-lo. Eu cederei completamente para gente de mais sangue, como o Pachelly, o Wilson Bernardo ou você, a quem tanto admiro também. E aqui, concordo num ponto: Há pessoas muito talentosas, e creio não estar mentindo quando digo isso, nem querendo bajular ninguém.

Mesmo assim, muito obrigado pelas suas palavras que nos servem de incentivo.

Um abração,

Dihelson Mendonça

Joilson Kariri Rodrigues disse...

Indiscutivelmente Pachelly e Bernado são um caso à parte. Aqui não se discutiria a qualidade do trabalho desses montros, mas suas humildades em compartilhar do mesmo espaço com amadores como eu. Embora eu seja um admirador de muito tempo da FOTOGRAFIA, só agora estou dando os meus primeiros clicks, abençoado pela sorte de ter amigos que incentivam, o que ja me proporcionou duas mostras nos CEUs em São Paulo. Tem gente muito superior em qualidade do que eu que merecia estar lá,mas, como disse, tenho a sorte de ter amigos que dão aquele 'empurrão'.
Os registros que vc faz cumprem a função a que se propõem: emocionar, principalmente a quem vive distante. É bater os olhos nessas imagens e ficar minutos a fio remoendo lembranças, procurando um algo conhecido aqui ou ali, nessa ou na outra imagem. Eu mesmo faço isso...rsrsrs... e imagino que outros conterrâneos também.

Abraços!