quinta-feira, 27 de setembro de 2007

ARQUIVO DE FOTOGRAFIA DIGITAIS




Digital veio para ficar. Mudou conceitos, mudou comportamentos e produziu uma epidemia de imagens virtuais, inimaginável há cinco anos para a melhor das previsões otimistas sobre o assunto.
Então nos parece que os acontecimentos, as pessoas e as paisagens dos tempos atuais ficarão excepcionalmente documentados através da fantástica tecnologia da fotografia digital.
Infelizmente, tudo indica que não é bem assim. Estudos recentes realizados nos Estados Unidos indicam que menos de 5% das imagens obtidas em câmaras digitais se transformam em imagens reais impressas em papel fotográfico que, entre outras qualidades, duram até mais de cem anos. As restantes, ou são descartadas ou armazenadas em HDs, CDs, DVDs, cartões, disquetes ou outras mídias e tecnologias de momento que não garantem confiabilidade, continuidade e sobrevida por muito tempo.
Uma imagem virtual armazenada tem uma capacidade incrível de compor-se e decompor-se em cada necessidade de sua utilização visual. Há um certo consenso em dizer que o virtual é o estado do "vir a ser" e não o que já existe. Ou seja, o virtual é a pré-existência do real. Com o descompromisso na sua obtenção e da própria vulgarização da imagem digital, o termo virtual está adquirindo, também, o sentido de efêmero e descartável. Meu conselho, valorize sua criação e suas recordações. Que suas fotos não sejam efêmeras e descartáveis. Guarde suas melhores imagens na mídia de sua preferência e tenha a preocupação de transferi-las, de tempos em tempos, para as de tecnologias mais recentes. Entretanto, não deixe de reproduzi-las logo em papel fotográfico de boa qualidade, que ainda é a forma mais inteligente, eficiente, garantida e prática na armazenagem e visualização de suas imagens preferidas.




Germano Schüür * Professor de Fotografia e Coordenador do Curso Superior de Fotografia da UCS


Fonte pesquisa: Site da confoto.com.br

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