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O Mar - Dihelson Mendonça
O mar é triste como um cemitério;Cada rocha é uma eterna sepulturaBanhada pela imácula brancuraDe ondas chorando num alvor etéreo.Ah! dessas vagas no bramir funéreoJamais vibrou a sinfonia puraDo Amor; lá, só descanta, dentre a escuraTreva do oceano, a voz do meu saltério!Quando a cândida espuma dessas vagas,Banhando a fria solidão das fragas,Onde a quebrar-se tão fugaz se esfuma,Reflete a luz do sol que já não arde,Treme na treva a púrpura da tarde,Chora a Saudade envolta nesta espuma!Poema: Augusto dos AnjosFotografia: Dihelson Mendonça
2 comentários:
Material utilizado: Câmera Canon Rebel XTI, lente do Kit ( 18-55mm ). Abertura F8. Modo Manual. Processamento em Black and White.
Abraços,
Dihelson Mendonça
Vou ser sintético, mas não menos justo: Esta é um foto a altura do poema! Um casamento d'artes!
Parabéns Maestro!
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